26/27/28 semanas - Obra + Falta de memória + 6ª consulta + Pedreiro desaparecido + Visita dos Avós

     É obra que não acaba mais, é pedreiro que abandona a obra pela metade, é correria atrás de material e de acabamentos, e o tempo passou, e eu não publiquei mais aqui no blog.

     Por isso hoje estou de volta pra documentar o que tem ocorrido nas últimas semanas.

     É tanto problema pra resolver nessa obra, tanto tempo que passo lá, que comecei a considerar mudar o nome do blog para "Diário da Barrigudinha Na Obra!" ou "Diário de Obra da Barrigudinha".

     Enfim, entre tanta dor de cabeça e tanto probleminha, a tal da memória foi-se embora de vez, à ponto de, lá pela semana 26, eu sair de casa num dia pra ir à vidraçaria e precisar parar o carro no caminho, ligar pro Cezar e perguntar pra ele onde eu estava indo, porque eu já não sabia mais. No dia seguinte, indo ao médico (que fica no caminho para o mercado onde costumo fazer compras), percebo, depois de passar do mercado, que já estava saindo da cidade e nem havia percebido. Por essas e outras agora só ando com minha cadernetinha junto comigo, anoto tudo, mas tudo mesmo, pra não esquecer!

     Na consulta com meu médico tirei algumas dúvidas sobre o tal teste de glicemia, pois foi um dos poucos que não consegui interpretar. Segundo ele meus níveis glicêmicos estão dentro do normal, e além disso, os resultados dos outros exames também estão conforme esperado.

     Como ando pegando pesado nos trabalhos pra finalizar a obra, conversei seriamente com meu médico à respeito, e ele me falou que, desde que eu concentre o esforço nos braços e nas pernas e não me esforce até a exaustão física, tudo bem pegar um pouco mais pesado. Mas, se houver dor abdominal, fraqueza, tontura, ou algo assim, devo parar na hora e, se for o caso, entrar em contato com ele. Assim, com aval do meu médico, fui-me pra obra novamente.

     Na semana seguinte começamos a trabalhar na impermeabilização da laje, e esse trabalho todo ficou por nossa conta. Modéstia à parte, ficou muito bem feitinho.

     Pra não detalhar só o que acontece na obra, vale também o registro dos "sintominhas" da gravidez. Por essas semanas a minha azia voltou a dar as caras, está cada vez mais difícil mudar de posição na cama por causa do tamanho e peso da barriga, meu fôlego encurtou muito, preciso ficar pedindo pro Cezar andar mais devagar o tempo todo. Tenho sentido algumas dores no quadril, na lombar, alguns dias tive fortes dores no estômago (acho que é o útero roubando espaço), e, adivinha quem já alcança minhas costelas? Além disso, e nada além do esperado, me canso muito rápido, ao ficar em pé por apenas alguns minutos sinto o efeito do peso extra sobre meus pés. Mas, em compensação, tem também a parte gostosinha: os movimentos do Galileu estão cada vez mais intensos e mais facilmente perceptíveis. Ele movimenta bastante quando coloco músicas pra ele ouvir, ah, ele já tem suas favoritas, temos um repertório bem abrangente que  vai desde música erudita (ele adora Chopin, Vivaldi e Bach), passa por rock clássico com Steve Ray Vaughan, ZZ Top, The Who, Elvis, The Cramberries etc, e envolve até um som mais new rock tipo Colplay, Sigur Rós, The Head and the Heart e Of Monsters and Men, mas a banda favorita dele é, com certeza, Pink Floyd. Ele reage bastante assim que começa a tocar The Great Gig in the Sky e Money! Fico muito curiosa pra saber se ele vai gostar das mesmas músicas quando estiver aqui fora!

     No fim da semana 28 os avós corujas vieram nos visitar e oferecer ajuda, o vovô Jacir deu a maior força pra resolver o problemão de infiltração na nossa cobertura, já a vovó Sônia me ajudou a elaborar a listinha dos itens básicos que preciso comprar antes de o Galileu nascer. 

      Ah! Eles também trouxeram vários presentes para o nosso meninão. Olha só quanta coisa linda:

     Ah! A churrasqueira já estava "pronta", então aproveitamos pra inaugurá-la e fizemos o 1º e o 2º churrasquinho do Galileu! Aproveitamos ainda a ocasião para comemorar o aniversário do meu pai. Ficamos muito felizes com a visita, deu uma levantada nos ânimos!

        Ah, o vovô Jacir conseguiu capturar alguns momentinhos de animação do Galileu ao ouvir suas músicas favoritas. Olha só:

https://www.facebook.com/photo.php?v=712972998742973&set=vb.100000908381804&type=2&theater

https://www.facebook.com/photo.php?v=713138062059800&set=vb.100000908381804&type=2&theater

     Bem, vou ficando por aqui.

    Espero que para o próximo post tenhamos fotos novas, porque essa barriga está enorme e precisamos fotografá-la!

     Aproveitem o feriadão de carnaval e juízo crianças!

Contagem Regressiva

Faltam:

     Mas já?
     Começou a bater o desespero!
     Será que a obra termina até lá?
     Será que já estou pronta?

25 semanas - Semana difícil + Visita dos Avós

     Semana passada foi uma semana extremamente difícil, apesar de ter sido meu aniversário, e de haver motivo pra comemoração, não foi o que ocorreu.

     Acontece que houve alguns problemas muito graves na obra, que nos levaram a crer que precisaríamos demolir uma boa parte do que foi construído e reconstruir tudo, o que levaria muito tempo, e consumiria muito dinheiro. Dessa forma, precisaríamos continuar morando aqui no "acampamento", e o prazo para o término da ampliação se estenderia até bem depois do nascimento do Galileu. Como sou muito ansiosa e sofro demais por antecipação, já comecei a pensar em todas as consequências disso tudo. Por isso, e por ver o Cezar tão preocupado com a situação, tive uma crise bem feia de estresse, e, admito, perdi o controle sobre minhas emoções, me desesperei.

     Preocupado com minha condição, e com os efeitos desse estresse todo, o Cezar ligou para o meu médico, que recomendou que eu tomasse um medicamento controlado para me acalmar, mas eu me recusei, ele ligou também para os meus pais, que se prontificaram a vir pra cá pra nos dar apoio e ajudar a encontrar uma solução pro problema.

     Antes que eles chegassem, no entanto, o Cezar conseguiu pensar em uma forma viável de resolver a situação da obra, e foi só então que me acalmei um pouco.

     A visita dos meus pais foi muito benéfica porque nos desligamos um pouco da obra, e distraímos bastante a cabeça. Minha mãe, meu pai e eu saímos, fomos ao shopping, compramos algumas coisinhas pro Galileu e para nós. Me senti muito melhor com essa visita.

     Mas admito que está sendo muito difícil administrar tudo ao mesmo tempo: os gastos e os desgastes da obra, o estresse do trabalho do Cezar (que não tira férias há anos), as preocupações e gastos com a empresa recém aberta, todas as coisas que precisamos organizar para a chegada do Galileu, e mais a preocupação natural de pais de primeira viagem, se seremos bons pais, etc. Temos "explodido" com muita facilidade, e, principalmente eu, sinto muita falta de uma forma de extravasar esse estresse todo. Tento relaxar ouvindo músicas e dando pausas frequentes em meus afazeres. 

     Muitas vezes, sinto que o fato de eu estar estressada, frustrada ou chateada, faz com que o Cezar se estresse ainda mais, o que acaba me deixando tensa, e cria-se assim um ciclo. Por isso, e principalmente pela saúde do Galileu, decidi tentar me acalmar e manter um equilíbrio.

     Além disso, ainda tem esse calor insuportável, que acaba com minha energia e boa vontade pra fazer qualquer coisa.

     Meu sistema digestivo anda super lento, o que significa que após as refeições fico me sentindo "estufada" por horas, e se comer um pouquinho a mais já tenho um mal estar horrível. E, a barriga também está ficando pesada, já não tenho a mesma disposição, uma caminhada curta precisa ser feita muito devagar pois me canso muito e sinto um pouco de falta de ar.

      Em meio a tudo isso, nem preciso dizer que meu humor anda péssimo, e minha concentração e minha memória tiraram férias, sem data prevista para retorno.

     Espero que essa semana seja mais calma.